Por Revista Galileu, em 13/07/2020

Cientistas brasileiros apresentam primeiros resultados de uma série de experimentos sobre o novo coronavírus realizados no acelerador de elétrons em Campinas (SP)

Estrutura da proteína 3CL (Foto: CNPEM)

Estrutura da proteína 3CL (Foto: CNPEM)

O acelerador de elétrons Sirius, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Capinas (SP), realizou os primeiros experimentos de uma série de análises do Sars-CoV-2. O foco deste estudo inicial foram os cristais da proteína 3CL, que participa do processo de replicação do novo coronavírus dentro do organismo, durante a infecção.

Os cientistas brasileiros utilizaram a difração de raios X para analisar a proteína, pois o método permite a detecção de cada um dos átomos que compõem a 3CL. segundo os pesquisadores, compreender essa estrutura é importante porque pode auxiliar no desenvolvimento de fármacos que barrem sua ação.

“Começamos a oferecer condições de pesquisa inéditas para os pesquisadores do país. Neste momento, em que se fala tanto da importância da ciência e tecnologia para a solução de problemas, estamos diante de uma máquina avançada, projetada por brasileiros e construída em parceria com a indústria nacional”, afirmou José Roque, diretor-geral do CNPEM e do projeto Sirius, em nota divulgada à imprensa por e-mail.

“Espero que, cada vez mais, todos os setores da sociedade reconheçam a importância da ciência para a solução dos nossos problemas e as capacidades que temos no País.”

Padrão de difração do cristal de 3CL protease SARS-CoV-2, quando submetido ao feixe de luz gerado pelo Sirius (Foto: CNPEM)

Padrão de difração do cristal de 3CL protease SARS-CoV-2, quando submetido ao feixe de luz gerado pelo Sirius (Foto: CNPEM)

 

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