Brasil e China criam centro de pesquisa em nanotecnologia

Terra em 15/02/2012

O governo federal acaba de criar o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBC-Nano). Ainda não está definida a agenda de pesquisas, mas, segundo o químico e coordenador brasileiro do centro, Fernando Galembeck, a China manifestou interesse em desenvolver, com o Brasil, sensores e dispositivos para uso em diagnósticos clínicos para atendimento de populações dispersas.

“A ideia é ter um equipamento portátil confiável, de produção barata, que facilite levar atendimento às pessoas”, explica Galembeck, que é diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), em Campinas (SP), e será o coordenador brasileiro do centro.

Outra área de interesse do centro é o desenvolvimento de novos produtos a partir da biomassa. “Podemos usar nanotecnologia para transformar os resíduos agrícolas”, diz Galembeck, lembrando que o Brasil, sendo um dos principais produtores mundiais de alimentos e de commodities agrícolas, gera grande volume de biomassa ainda não aproveitada.

O centro sino-brasileiro é virtual e vai funcionar como uma rede de cooperativa de pesquisa e desenvolvimento da qual ficará vinculado o LNNano. Conforme a portaria do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, “a participação no CBC-Nano será considerada serviço público relevante, não ensejando qualquer remuneração específica”. A China é considerada uma das maiores potências na pesquisa com nanotecnologia.

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