31/03/2014

Um espectrômetro de fotoelétrons excitados por raios-X (XPS), modelo K-Alpha, da Thermo Scientific, foi instalado no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) em janeiro de 2014. O equipamento é totalmente automatizado e espectros podem ser obtidos em menos de 20 minutos, garantindo uma elevada produtividade. O acesso ao instrumento deverá ser aberto aos usuários em julho deste ano, dentro das normas usuais do CNPEM.

XPS  é  uma  técnica para análise  química de   camadas  superficiais  muito  finas  (1-10 nm) de materiais diversos: metais, sólidos inorgânicos, semicondutores, polímeros, filmes finos, revestimentos, fibras e materiais biológicos secos. São obtidos a composição elementar, o estado químico e eletrônico dos elementos presentes na superfície das amostras sem a necessidade de tratá-las previamente. Também é possível obter a composição e imagens elementares da amostra, como mostra a Figura 1.

O equipamento tem um canhão de clusters de íons argônio, ideal para eliminar contaminações e realizar a erosão camada-por-camada de amostras plásticas, elastoméricas e biológicas. É possível variar o ângulo de análise das amostras e portanto a espessura da camada superficial que está sendo examinada.

O equipamento está em comissionamento e em fase de definição e teste dos protocolos de uso. Mais informações sobre a técnica de XPS podem ser obtidas em: http://www.lasurface.com/xps/index.php http://xpssimplified.com/applications.php http://xpssimplified.com/whatisxps.php

Aplicações de XPS:

  • identificação de contaminação de superfícies;
  • análise de defeitos de filmes e revestimentos;
  • caracterização de componentes eletrônicos flexíveis;
  • análise de falhas em revestimentos, juntas adesivas ou laminados complexos;
  • investigação do estado de oxidação de catalisadores base-Cobalto.

Figura. 1 – Imagens elementares de carbono, oxigênio e flúor de uma superfície de polietileno de baixa densidade (PEBD) triboeletrizado por atrito com uma barra de politetrafluoretileno (PTFE). Na região onde ocorreu a triboeletrização nota-se a presença de flúor, portanto de fragmentos de PTFE.

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